sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Por falar em raças..




O centro da ideologia nacional-socialista é o termo raça. A teoria nazista diz que a raça ariana é uma "raça-mestra", superior a todas as outras, e justifica esta crença da seguinte maneira:
O nacional-socialismo diz que uma
nação é a máxima criação de uma raça. Consequentemente, as grandes nações (literalmente, nações grandes) seriam a criação de grandes raças. A teoria diz que as grandes nações, alcançam tal nível devido seu poderio militar
e que este, por sua vez, se origina em culturas racionais e civilizadas, que, por sua vez ainda, são criadas por raças com boa saúde natural e traços agressivos, inteligentes e corajosos.
As nações mais fracas, para os nazistas, são aquelas criadas por raças impuras, isto é, que não apresentassem a quase totalidade de indivíduos de origem germânica.




http://pt.wikipedia.org/wiki/Nazi#Teoria_ideol.C3.B3gica

Afinal somos mesmo todos iguais





Aparentemente um português é diferente de um esquimó, de um chinês ou de um africano.

Aliás, alguns traços bastam para que consigamos aferir se certo indivíduo pertence a determinada região geográfica.

No entanto, serão esses traços suficientes para que lhes possamos chamar raças?

Era o que se pensava até que Darwin e a sua teoria evolucionista vieram deitar tudo por terra.

É que, segundo a definição de raça (sub-espécie derivada de uma evolução divergente por isolamento durante longos períodos de tempo de alguns indivíduos da espécie), os 6000 milhões de habitantes que habitam a terra (6000 milhões e um, aposto que enquanto escrevi este post algum bebé terá nascido) provenientes dos 10 000 Homo sapiens oriundos de África dispersaram-se muito recentemente em termos biológicos (60 mil anos). Há demasiado pouco tempo para que surja a diferenciação genética a que chamamos raça.
Interessados em conhecer as possíveis relações entre indivíduos diferentes, os cientistas procuram outros elementos, como uma frequência estatística relativamente à presença deeterminados genes em cada população. Nesse sentido, estudos demonstram que os seres humanos têm menos diversidade genética que a maioria das outras espécies. Por exemplo, enquanto o ADN de uma pessoa difere apenas do de outra em um em cada mil pares de bases, já nos chimpanzés a proporção é de 1:500.
Por outro lado, as minorias étnicas também podem ser analisadas através de um perfil de determinada frequência genética, a qual varia devido à "deriva genética", que, a par da selecção natural, altera as características de uma espécie ao longo do tempo.
Todos estes estudos, para além de servirem para nos provar que toda a discriminação que tem havido não passa de uma fraude (não que já não soubesse, mas agora está cientificamente provado), ajuda também a desenvolver tratamentos adaptados às diferentes etnias, uma vez ter-se vindo a provar que estas têm mais ou menos aptidão para certas doenças. Por exemplo, está provado que a anemia falciforme afecta nomeadamente pessoas de origem afro-americana e hispânica; a talassenmia, mais frequente para os lados da África oriental/Médio Oriente; a intolerância à lactose é sobretudo sentida pelos indivíduos da Europa do Norte.

Assim, se se traçasse o perfil hereditário de um certo indivíduo, poder-se-ia certamente saber qual a probabilidade de eficácia de um certo tratamento e qual a medicação ou tratamento a aplicar.

Não obstante, e como tudo neste mundo de complicações, há duas faces para a mesma moeda. Pessoas que afirmam que passariam a ser alvo de discriminação, medicamentos que são olhados com suspeita por serem específicos para uma determinada etnia são já casos reais que surgem como um entrave a este possível avanço científico.


É na conjugação da ética com a ciência que se forma a Humanidade. Pena que não se lembrem da ética quando se fala de dinheiro..
EDIT: A propósito, esta postagem é fruto da leitura da Super Interessante de Agosto de 2006. (Grande memória..!)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Finalmente chegamos...




...à hereditariedade, grande tema para ser tratado, debatido, explorado, observado até ao último pormenor!
Não estou a tentar subvalorizar o sistema reprodutor humano, contudo há qualquer coisa que me fascina nestes pequenos pormenores da vida.

Genética poderá ser o meu rumo. Como tal, tratarei de rechear este blog com informação deliciosa sobre o assunto e, quiçá, levar alguém comigo no próximo ano! =)



Bom proveito!



segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Ranking

Resolvi apagar a minha postagem do "Ranking", como alguns devem já ter reparado, não por não concordar com o que lá estava escrito (mau era...) mas porque estava a levantar contorvérsias na turma, a meu ver desnecessárias.
Nunca foi minha intenção gerar conflitos nem mostrar superioridade que sei não possuir em relação a outros. Lamento qualquer coisa que tenha levado a uma má interpretação do que era a minha ideia original da postagem.
Peço também desculpa ao Patrício, à Margarida e à Hélia por terem os seus comentários sido apagados em conjunto com a postagem. Espero que continuem a dar a vossa opinião em relação ao que bem entenderem.
Cumprimentos
alcunha

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sicko - O pesadelo de acordar na realidade

Pois é, depois de Fahrenheit 9/11, esta grande personalidade americana volta com mais uma crítica profunda, uma verdade que mata milhares de pessoas e atinge mais uns milhões.

Sempre com o seu boné, Michael Moore investiga agora o caso do sistema de saúde americano e descobre que este está... terrivelmente doente..

"Se quer ter saúde nos EUA, não adoeça." Assim o diz na capa do seu novo filme, que promete levantar vozes e protestos durante uns longos tempos.

Muito resumidamente, o sistema de saúde americana baseia-se numa grande rede de seguradoras que deveriam, supostamente, garantir os melhores cuidados de saúde aos seus clientes. A que melhor servisse seria a melhor servida, por assim dizer. O problema é que estas seguradoras existem para ganhar dinheiro, e sabem perfeitamente que se tivessem que pagar aos doentes, em vez de o contrário, ficariam prejudicadas. Assim, fazem das maiores falcatruas que se podem imaginar, desde dar bónus aos médicos que rejeitam o maior número de ajudas aos doentes, criar uma lista gigantesca de doenças que impedirão o cidadão comum de ter acesso ao seguro de saúde até rejeitar uma operação de cerca de 7000 dólares devido a uma micose na história clínica!

E o que mais me assusta, já como cidadã portuguesa, é o facto de quererem implementar este sistema fantástico em Portugal.

Enfim, vejam com os vossos próprios olhos e deixem que o medo vos ajude a pensar duas vezes antes de pensarem em votar nos queridos políticos que nos querem é ver mortos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Ora bem..




Sei que não tenho actualizado as minhas "Experimentações de Terça-Feira". Peço imensas desculpas por isso.

De facto, não tenho nenhuma justificação muito plausível para a ocorrência. Talvez não goste, simplesmente, de fazer diários.

No entanto, é importante reflectir, e, portanto, irei resumir de um modo muito resumido mesmo o que até agora era altamente confidencial, pelo menos da minha parte.

Ora, entre vestir batas, tirar batas, sentar, levantar, ir buscar microscópios (mais conhecidos por MOCs, devido, provavelmente, à parecença com a consequência da sua má utilização, nomeadamente sobre a cabeça de outrem..), muita ciência tem passado pela nossa mão. O laboratório parece, na maior parte dos dias (digamos, nos dias que as aulas têm verdadeiramente interesse), uma "matança do porco" asseada. É o "chega cá o ouriço esmagado no meio das lamelas" ou o "dá cá o bocado de próstata de homem jovem" o pão nosso de cada dia.
E pior, acho que acabamos por nos habituarmos à ideia. Nem nos apercebemos que estamos a lidar com pedaços de seres sacrificados por nossa causa!

Bom, deixando-me de epopeias ridículas, têm sido aulas de carácter quase lúdico (se comparadas com outras) e ao mesmo tempo altamente didácticas, ao contrário de algumas aulas laboratoriais que tivemos a triste infelicidade de experimentar em anos anteriores..

É, como se diz nos relatórios, a melhor oportunidade para verificar na prática o que aprendemos na teoria, desde histologia a métodos contraceptivos, há tempo para tudo!

Nem que para isso tenhamos que sacrificar o ouriço do mar ou o pobre homem jovem que ficou sem próstata para que nós pudessemos constatar que os livros não nos andam a enganar!

Aconselho toda a gente a experimentar estas aulas, valem bem as 2h15 gastas semanalmente!

Cumprimentos


alcunha

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

As DST entabeladas

Visto ter ficado responsável pelas queridas DST e ter apenas falado de quatro (bom, falado, falado só a partir de amanhã, mas façamos de conta) para não me estender em demasia, deixo aqui um quadro elaborado por mim, com a ajuda de uns tantos cappuchinos, com as principais DST incidentes em Portugal Continental.
(Na Madeira têm uma pior que estas todas, chamada João Jardim, é parecida com os chatos, mas não descobriram ainda tratamento para ela. O problema é que faz muita comichão é nos nossos bolsos..)
Cá vai:


Espero que seja útil.




Cumprimentos

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

E esta?







Querem melhor exemplo para a imperiosa necessidade de revisão do código deontológico dos médicos?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O ainda não famoso implante



Compreendo que estejam já um pouco saturados do assunto, mas achei que deveria dar um parecer meu sobre o método que mais me agradou de todos os que tratamos: O implante hormonal.

O implante é um pequeno bastonete de plástico semi-rígido, com quatro centímetros de comprimento e dois milímetros de diâmetro (semelhante a um pequeno fósforo). É aplicado sob anestesia local por baixo da pele, na face interna do braço.

Sendo hormonal, como o próprio nome indica, vai libertando progesterona no sangue em quantidades reduzidas (uma vantagem em relação à injecção hormonal, que as liberta de uma assentada), impedindo a ovulação e tornando mais espesso o colo do útero.

Não liberta estrogénios, pelo que mantém o endométrio num estádio de baixo desenvolvimento, incapaz de acolher um embrião.
Além do mais, a contínua libertação de progesterona leva a uma redução da menstruação, ou até mesmo o seu desaparecimento.

É um método ainda novo, pouco conhecido, mas creio que terá grandes hipóteses de singrar no mundo dos contraceptivos, uma vez ser altamente eficaz (cerca de 999%. de eficácia) e duradouro (pode durar até 3 anos, sendo possível, no entanto, retirá-lo antecipadamente, se assim for desejado). Além disso, é biodegradável, o que significa que, uma vez posto, nunca mais terão que se preocupar em retirá-lo, e, por ser posto no braço, não deixa margem para grandes preocupações inerentes.

Para terminar, creio que só me resta citar a Curralo: "Quem se casar comigo, já sabe do que a casa usa!"

Boa escolha!

sábado, 3 de novembro de 2007

Museu do Corpo Humano




Embora já todos devam ter conhecimento desta grande exposição que se encontra insalada em Lisboa, não custa nada reforçar a ideia (até porque este blog não é só visto por portugueses, pode sempre haver um romeno que sem querer encontre o meu blog e até decida vir a Lisboa ver o dito museu).


Falo do museu do Corpo Humano, que difere de todos os outros por ser formado por seres humanos verdadeiros, cadáveres reais dissecados.


Tudo aqui é verdadeiro, até os órgãos que demonstram o impacto dos maus hábitos e as consequências das doenças: «Tudo o que vê é real. Quando vê uns pulmões negros nós não pusemos o negro nos pulmões, o negro estava lá, o negro é do alcatrão do fumo do tabaco que se acumula nos pulmões e interfere com a capacidade do pulmão transferir o oxigénio. Quando o sangue não consegue obter oxigénio, todos os tecidos precisam de oxigénio para viver, então o coração é afectado, o sistema digestivo, os rins, tudo é afectado. Portanto, o que vêem aqui é autêntico e real. Pensamos que essa é a melhor forma das pessoas entenderem, não só como o corpo funciona mas também verem o impacto das doenças no corpo», explica Roy Glover


São 17 corpos e 250 fragmentos e órgãos que pemitirão ver a todos " o corpo humano como nunca visto".

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Todo um seguimento de um parto

Não me deixariam ver este vídeo no Youtube se eu não confirmasse a minha maioridade.
De facto é bastante chocante, nomeadamente a parte em que é dito que o sorriso que o bebé tinha dentro do saco amnióico desaparece logo após ele sair e se deparar com o mundo desagradável, cheio de barulhos, frio e fome. O sorriso só volta passado 4 meses (será que não lhe dão de comer até aí?).