domingo, 18 de maio de 2008

O que acontece ao nosso lixo?


Todos os dias vamos pôr o lixo à porta de casa para que alguém o venha buscar.
Depois, fazemos aquele movimento típico com as mãos de quem dá o dever por cumprido.
A partir daí já não é conosco.
Mas o que acontece, afinal, ao lixo que entregamos ao cuidado de outros?

De facto, muita coisa lhe pode acontecer.

Apesar de o lixo ser recolhido de forma indiferenciada em Portugal (não creio que haja algum município em Portugal que tenha camiões diferenciados para recolha porta-a-porta), este irá, de seguida, para um centro de triagem, onde sofrerá um processo de segregação, quer por máquinas (no caso dos metais, por exemplo), quer por humanos, ajudados por tapetes rolantes por onde vai deslizando o lixo.

Depois de todo o processo realizado, os materiais separados, com excepção do vidro, seguem para prensagem e enfardamento, podendo ter destinos muito variados, como, por exemplo, a construção de estradas.
Há determinado tipo de lixo que, devido ao seu alto teor energético, se não for reciclado, será preferível ir para uma incineradora do que para um aterro energético, onde poderá ser valorizado essa energia para produção de electricidade. A incineração tem alguns inconvenientes, claro está, pelo que deverá ser feito um estudo com o balanço das mais valias fornecidas e dos malefícios que do tratamento do lixo por este método advirão.

Por fim, o nosso lixo orgânico (restos de comida, por exemplo) poderá sofrer um processo de compostagem, transformando-se no húmus ou composto, altamente fértil, que poderá ser vendido para fertilizar os solos agrícolas.


Pois é. O nosso lixo, afinal, ainda tem grande valor depois de ser originado por nós. Depois de voltas e voltas, passando de mão em mão, o lixo transforma-se em mais valias para a sociedade, reintegra-se nela e reivindica o lugar onde pertence: no meio dos que o criaram.


Mesmo assim, a maioria do lixo ainda é simplesmente prensada e enviada para aterros sanitários, pelo que deve ser uma prioridade do Estado desenvolver cada vez mais os métodos alternativos ao aterro, através de subsídios a empresas de reciclagem ou mesmo através da criação das próprias empresas.


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