segunda-feira, 10 de março de 2008

Memória de metal

Não é por acaso que são chamados materiais espertos.

Alguns metais, como o nitinol, conhecidos como metais com memória de forma, têm a capacidade de serem deformados e recuperarem a sua forma original quando aquecidos acima de uma determinada temperatura.
Isto deve-se ao facto de possuírem duas formas sólidas distintas: a austenite (fase de altas temperaturas (>700 graus), dura e geralmente cúbica) e a martensite (fase de baixas temperaturas, mais flexível e sem forma definida) .
Assim, se for deformada na fase martensite e depois aquecida, volta à forma cúbica e compacta típica da austenite.
Caso se queira modificar a “memória” que tem da forma-mãe, é necessário deformá-la na fase austenite.
Devido a várias vantagens, como maior capacidade de deformação e maior resistência, a liga de memória mais comercializada é o nitinol (níquel e titânio).

São materiais com grande futuro na medicina. De entre inúmeras aplicações, posso salientar:
Substituir ou ligar ossos fracturados (as ligas são colocadas frias no corpo, que as aquece, criando uma pressão controlada)
Criar cateteres, que se deformam à medida que vão entrando no corpo
Criar filtros para a veia cava (filtros são colocados com forma cilíndrica, acabando por “abrir em guarda-chuva”)
Aparelhos de correcção de dentes (vão-se ajustando sozinhos)








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